30/11/2010

Peer Gynt, de Edvard Grieg (1876)

A extraordinária história de Peer Gynt é narrada numa peça teatral do premiado Ibsen, para a qual Grieg criou uma série de músicas de cena, que mais tarde viria a elaborar na forma de duas suites, de quatro trechos cada uma.

Vale a pena ouvi-las, ao passo que se conhece a história a que se referem, que pode ser assim resumida:

Peer Gynt é um jovem caçador que recebe de sua mãe Aase a notícia do casamento de Ingrid, a rapariga mais bela da aldeia. De caminho para impedir as núpcias, encontra uma outra rapariga, Solveig, com quem dança e de quem se apaixona, esquecendo Ingrid momentaneamente. Mas, ao toque dos sinos, lembra-se de Ingrid e dirige-se à Igreja, impede o casamento e fuge com a noiva, mas só dois dias depois irá deixá-la, já cansado dela.

De novo, um toque de sinos, desta vez fúnebre, fá-lo regressar. Apercebe-se que a mãe, Aase, está prestes a morrer. Ao cuidado dela está Solveig, que lhe promete ficar à sua espera para sempre, uma vez que Peer se vê forçado a fugir da justiça pelo rapto de Ingrid.

Em Marrocos, onde foge, torna-se rico e casa com uma mulher árabe, que mais tarde lhe irá roubar todos os seus bens e, quando se vê idoso, pobre e falhado, decide regressar à sua aldeia.

Na velha cabana, ouve alguém a cantar e vê o nome dele escrito na névoa dum vidro. Solveig está à sua espera, como prometera, e a sua vida é abraçada e amada acima dos seus erros e falhanços.

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