Rusty James (Matt Dillon) é um jovem que pretende ser rebelde: gostava de ser chefe dum bando e lutar nas ruas. Só que é um falhado, não tem perfil e tudo lhe corre mal.
O seu irmão mais velho já conseguiu tudo isso tempo atrás e agora regressa: é o misterioso Motorcycle Boy (Mickey Rourke), personagem idealizada que vê a preto e branco (como nós) e do qual se diz que «não há nada que não consiga». Ainda assim, este rebelde sem nome confessa que não sabia aonde conduzir aqueles que o seguiam...
Assim, Rusty James segue um ideal que não existe, que o leva à própria destruição. Motorcycle Boy, mítico, procura uma nova libertação para os dois. O símbolo chave são uns peixes de cor que quer libertar, porque no aquário onde estão se auto-destroem. Quer levá-los ao rio e, ao passo que perde a vida nesta tentativa, é Rusty quem consegue fazê-lo, e por fim fugir com a motocicleta até ao oceano californiano, símbolo dessa liberdade realizada.
Óptima realização de Coppola, música excepcional, interpretações de talento, história difícil mas fascinante, filme fora do comum. Muito, muito bom.