12/06/2012

Duas vidas e um rio (A river runs through it)

Robert Redford, 1992

Brad Pitt, aos seus só 29 anos, é a metade deste filme. A outra metade é o menos conhecido Craig Sheffer, seu irmão nesta narrativa de ficção (embora baseada numa autobiografia real). Os seus percursos e a relação entre ambos, desde a infância até à madurez, fazem deste filme um belíssimo canto à família e à amizade entre irmãos.

O mais velho dos irmãos, Norman, de cabelo escuro, cresce seguindo os passos do pai, um pastor protestante muito humano e pouco moralista, e chega a ser professor universitário, ao passo que se debate numa relação de amor genuína que o levará ao casamento. O mais novo, Paul, de cabelo loiro, pelo contrário, é uma espécie de «rebelde», inconstante, que se contenta com trabalhar no jornal local e com relações sentimentais mais esporádicas.

Mas numa relação verdadeira entre irmãos e com os pais, cada um deixa espaço para que o outro seja ele próprio e assim realize a sua vida. Como numa das muitas cenas em que vão pescar ao rio, na qual o Norman não está a pescar nada e o Paul afasta-se, para que o primeiro consiga descontrair e com maior liberdade encher também o seu cesto. A fim de contas, no rio há peixes para saciar a todos...