28/01/2010

As dez figuras negras (Ten little niggers), de Agatha Christie

Lisboa: Asa, 2003 (1939), pp. 192, 10,00€

Quase não precisa apresentação uma escritora tão popular como Agatha Christie. Provavelmente todos os meus leitores terão lido algum dos seus romances ou visto algum dos filmes inspirados neles.

Pela primeira vez sem Hercules Poirot ou Miss Marple, ou qualquer outro detective, As dez figuras negras é talvez a história mais engenhosa e intrigante da Autora. Não há nenhuma personagem a descobrir o difícil desenvolvimento da tragédia: numa ilha incomunicada, dez pessoas acusadas de assassinatos e nunca condenadas são mortas uma a uma. O assassino deve ser um deles, e é o próprio leitor que elabora as suas suspeitas, sempre frustradas pelo capítulo seguinte.

Ao contrário de muitos outros thrillers, a tensão deste romance cresce com o desenrolar da história, e as últimas páginas parece que nunca mais nos dão a resposta que esperamos.

É claro que não podemos pedir mais do que isto a uma escritora popular como Agatha Christie, mas é algo diferente dos habituais best-sellers americanos do quiosque do aeroporto.

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