11/03/2010

Joan Baez (1941- )

Ao contrário do habitual, o tema desta sugestão é uma pessoa e a sua carreira em geral. Talvez por ter tido a sorte de presenciar o seu concerto no Coliseu de Lisboa, estou convencido de que não é uma ou outra música, um ou outro disco, que faziam justiça ao que Joan Baez é, representa e simboliza.

O seu percurso pessoal levou-a, numa infância entre Nova Iorque e Califórnia, a ouvir os discursos sobre os Direitos Civis de Martin Luther King Jr., a comprar a primeira viola com 15 anos e a a conhecer um discípulo de Ghandi, que se tornará seu principal referente político. São as belíssimas histórias que conta e identifica nas suas músicas.

Assim, misturando a beleza de músicas inesquecíveis (folk, populares e tradicionais, versões de Dylan, Cohen, Parra e outros) com um grito de libertação (americano, e portanto, como ela própria disse, com conotações quer de esquerda quer de direita), a sua pessoa é um marco dos últimos 50 anos da história da música, e não só.

Encarna um grito que está presente no coração de cada homem: «how many years can some people exist / before they're allowed to be free», «may you stay forever young», «gracias a la vida»...

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