16/02/2010

A ponte de San Luis Rey (The bridge of San Luis Rey), de Thornton Wilder

Lisboa: Difel, 1990 (1927), pp. 120, 6,00€

Uma ponte de cordas parte-se numa colónia espanhola do Perú, no dia 20 de Julho de 1714. Cinco pessoas que a atravessavam morrem. Frei Junípero, frade franciscano italiano em missão, coloca uma questão intemporal: «Porque aqueles cinco?»

Thornton Wilder (1897-1975), aclamado novelista e dramaturgo americano, ganhou um Pulitzer por este romance, para além de outros dois por peças teatrais. Porque essa pergunta que coloca surge diante de qualquer tragédia, natural ou de ordem humana, por pequena que seja.

«Há uma direcção ou significado na vida para além da vontade do indivíduo?», questiona uma personagem. A esta pergunta tenta responder o romance, que decorre desde uma primeira parte titulada: «Talvez um acidente», até à quinta titulada: «Talvez uma intenção».

Este «talvez» declina-se na investigação sobre as vidas daqueles cinco: uma Marquesa e a sua criada, um de dois irmãos gémeos, um homem de letras reformado e o filho duma actriz famosa. Ao leitor, a última tomada de posição diante dos factos.

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