24/02/2010

Clair de lune, de Claude Debussy (1890)

Ouvir «Só a Beleza pode mudar o coração do homem. Na Quaresma é-nos pedido que nos deixemos comover pela presença de Aquele que é a Beleza, a Verdade e a Bondade. Não se trata de um exercício de New Age, procurar uma qualquer paz interior ou harmonia com o cosmos... mas de reconhecê-lo presente e reconhecer o seu abraço à nossa vida.

A delicada música do «Luar» da Suite Bergamasque de Debussy é uma obra da sua juventude, que ele tentou não publicar, dado que a considerava uma obra imatura.

A peça já não soa como deveu soar lá quando foi composta, momento em que quebrava laços com a harmonia tradicional, deixando de ligar dois ou mais sons simultâneos, e inventando novas formas neste ramo da música. Junto com alguns efeitos obtidos com os pedais do piano torna esta música etérea, vaporosa, onírica e ao mesmo tempo duma beleza indiscutível.

Debussy enquadra-se na corrente do impressionismo francês de finais do século XIX e princípios do XX, do qual a peça é um genial exemplo.

(Comentário por Ángel Cebolla)

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