18/04/2012

O lado longínquo do mundo (Master and comander)

Peter Weir, 2003

Um navio inglês percorre os mares da costa do Brasil e das Ilhas Galápagos no início do século XIX, desafiando as condições meteorelógicas e, sobretudo, o barco inimigo das frotas francesas de Napoleão. Não é só necessário defender a própria vida, mas também uma missão: «Este barco é Inglaterra», chega a dizer o capitão num dos seus discursos à tripulação.

Neste contexto, o bom ritmo do filme leva-nos a viver numerosas aventuras no estilo próprio da época. Mas o fascínio desta viagem provém principalmente do seu capitão, muito bem interpretado por Russell Crowe. Dá vida e fundamento ao filme a sua forma de governo, que valoriza os talentos de cada um dos seus homens, que ajuda a crescer a cada um à sua maneira, que se mostra sempre viril nas suas decisões, que por vezes vive o drama das escolhas responsáveis, e que sempre tem como prioridade a coesão dos seus homens.

Vê-se assim que é sempre necessário um capitão, alguém a quem seguir, mesmo (ou sobretudo) nas contrariedades.

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