30/01/2012

Liberdade (Freedom), de Jonathan Franzen

Lisboa: Dom Quixote, 2011 (2010), pp. 688, 25,00€

Este romance americano é apresentado por alguns como uma obra-prima do século XXI. É sem dúvida interessante. Sobretudo, porque explora os temas que sempre interessaram a América do Norte (e no fundo a todos nós), no contexto actual. Principalmente se questiona o tema do próprio título: até que ponto as liberdades individuais, que estão nas raízes da mentalidade americana, podem ser postas em discussão em prol do bem comum.

Não pensem que é um livro maçudo e intelectual: é grande, mas é muito ligeiro e lê-se muito bem. Narra-nos as histórias de vários membros de uma família e alguns seus amigos, histórias entrecruzadas que vão e voltam como acontece em qualquer uma das nossas vidas. Está construído numa sequência temporal muito inteligente, que consegue mostrar as últimas décadas do século passado até ao início da «era Obama». Mantém-se também mais ou menos imparcial no que diz respeito a opiniões políticas, só usadas como provocações ao leitor.

Desperta mais perguntas e reflexões das que consegue responder, de maneira que as nossas expectativas podem ficar um pouco desiludidas. Mas também pode ser essa a grande virtude do romance: obriga-nos a sermos nós a pensar.

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